Geração de energia renovável foi recorde em 2022, aponta relatório

Dados da CCEE demonstram que a energia hídrica, eólica, solar e de biomassa forneceram 92% de toda a eletricidade produzida no país

O levantamento “Balanço 2022”, divulgado nesta quarta-feira (01/02) pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), aponta que a geração de energia renovável no ano passado foi a maior da história brasileira. Somadas, as usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa produziram 92% de toda a energia fornecida ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

Esse é o maior percentual em 10 anos, ultrapassando o recorde de 2020, quando as energias renováveis geraram 87,3% de toda a eletricidade do país. Em números absolutos, as fontes energéticas limpas representaram quase 62 mil megawatts médios (MWn) de energia dentre os 67,3 MWm produzidos no ano passado.

Segundo o relatório, as usinas hidrelétricas seguem dominantes, contribuindo com 73,6% de toda a geração elétrica renovável. Em seguida, aparecem, respectivamente, a energia eólica (14,6%), biomassa (4,7%), Pequenas Centrais Hidrelétricas – PCH (4,4%), solar (2,3%) e Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (0,5%).

Geração solar teve o maior aumento

Um dos destaques do relatório da CCEE foi o expressivo aumento da produção de geração solar centralizada (grandes usinas solares). Dentre todas as fontes renováveis, essa foi a que obteve a maior expansão: 64,3% na comparação com o ano anterior.

Isso foi ocasionado pela chegada de 88 novas fazendas solares ao SIN, que produziram mais de 1,4 mil MWn. Com esse salto, a energia solar centralizada passou de 2,6% para 4% de participação na capacidade instalada de todas as fontes energéticas.

O relatório também mostra que as gerações solares e eólicas são as únicas que anualmente crescem em representatividade em relação à capacidade instalada. A energia solar centralizada começou a ser contabilizada em 2017, compondo 0,6% de toda a matriz energética nacional. No acumulado de 5 anos, o crescimento foi de mais de 560%.

Participação da geração solar distribuída é ainda maior

A metodologia do relatório da CCEE leva em conta apenas a geração centralizada, ou seja, as grandes usinas energéticas. Entretanto, se for considerada a geração distribuída (sistemas de microgeração e minigeração, voltados essencialmente para o autoconsumo) a energia solar tem um impacto muito maior na matriz energética brasileira.

Segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar (ABSOLAR) de janeiro de 2023, a energia solar fotovoltaica, somadas as gerações centralizadas e distribuídas, compõe 11,2% de toda a matriz energética nacional, incluindo energias renováveis e não renováveis. Nesse critério, essa fonte possui a mesma porcentagem de participação da energia eólica, ficando atrás apenas da energia hídrica, com 51,2%.

A mesma pesquisa aponta que a energia solar fotovoltaica é a líder absoluta de todos os sistemas de microgeração e minigeração distribuída, representando 98,5% do setor. 

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